"Quero sinalizar que nós teremos uma política fiscal absolutamente transparente. O meu governo não será o governo dos pacotes, dos planos mirabolantes. Será o governo da previsibilidade, porque isso será absolutamente essencial para que o mercado e os investidores possam voltar a ser parceiros do desenvolvimento nacional”, disse Aécio durante coletiva de imprensa no município de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte.
Em meio à conversa com jornalistas, Aécio destacou que o próprio fato de ter antecipado quem comandará o Ministério da Fazenda na hipótese de ele vencer a disputa presidencial já demonstra transparência com o mercado. O senador do PSDB classificou de "ousadia" sua iniciativa.
O tucano anunciou em agosto que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga será o comandante da economia, caso ele seja eleito. Um dos principais sócios da Gávea Investimentos, Fraga coordenou a elaboração das propostas econômicas do plano de governo de Aécio Neves.
“Do ponto de vista da economia, quando eu antecipo inclusive o nome de quem será o ministro da Fazenda se eu vencer as eleições, é até uma certa ousadia. Não é tradição no Brasil isso. Quero sinalizar que nós teremos uma política fiscal absolutamente transparente", enfatizou o candidato do PSDB.
Aécio Neves argumentou que, na visão dele, sua eventual vitória nas urnas poderá gerar um impacto imediato no quadro econômico, marcado nas últimas semanas pela queda da Bovespa e pela alta do dólar. Segundo o tucano, o eventual êxito de sua candidatura terá efeito inverso ao que ocorreu em 2002, logo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência, quando o dólar disparou e chegou ao patamar de R$ 4 devido à apreensão do mercado com o ex-presidente.
Inflação
Nesta sexta (3), Armínio Fraga divulgou no Facebook o capítulo do programa de governo do PSDB correspondente à área econômica. O texto propõe uma política fiscal “transparente”, sem a adoção de “artifícios contábeis”, utilizados pelo atual governo, e geração, em até dois anos, de um superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) que represente um “esforço suficiente” para reduzir as dívidas líquida e bruta do país.
O programa tucano prevê atingir a meta central de inflação, de 4,5%, até 2018 – fim do próximo mandato. Pelo sistema atual, a inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida, tendo por base uma meta central de 4,5%. Se a banda for menor, com a meta central sendo mantida em 4,5%, o teto que vigora atualmente, de 6,5%, também será mais baixo nos próximos anos.
Na visita deste sábado a Santa Luzia, Aécio Neves reiterou que pretende, até o fim de seu eventual mandato, reduzir a inflação na direção da meta de 4,5% e reduzir a taxa de juros.
G1
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