O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), cotado para assumir o Ministério da Educação, apresentou, nesta terça-feira (4), à presidente Dilma Rousseff, a intenção de construir um novo partido. A sigla, segundo ele, teria como função garantir a governabilidade a Dilma no próximo governo, reduzindo a dependência da administração federal em relação ao PMDB.
Agência Brasil
Cid Gomes
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Cid disse que já iniciou as conversas para a montagem da nova legenda. “A criação desse partido ajuda na governabilidade e reduz aí o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem“, disse Cid, ao sair da reunião com a presidente, ao lado do seu sucessor eleito, Camilo Santana (PT). “Coloquei como ideia e vou, a partir de hoje, começar a conversar com objetividade”, disse Cid.
“Essa articulação é para reduzir um pouco a estratégia dos que querem prejudica-la, prejudicar o país”, disse Cid, que acredita que a nova legenda, que poderá sair de uma possível fusão de partidos como PROS, PDT e PCdoB. O cearense imagina que o novo partido terá uma bancada de aproximadamente 50 deputados. “Eu penso que para ter força tinha que ter aí 10% da câmara federal”, avaliou.
“Quero nestes dois meses ajudar a supera o que eu considero o maior desafio do governo dela Eu penso que o governo dela vai ter em 2015 muita contenção de despesas, ajustes fiscais muito fortes e eu faria assim”, disse Cid, que evitou falar sobre sua indicação para assumir o Ministério da Educação.
Segundo Cid, a criação da nova legenda é pensada de forma independente das articulações do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que tem conversado para a recriação do antigo PL. “O PL está sendo articulado pelo Kassab e eu penso que ideologicamente está mais para o centro. Eu penso que a gente possa ter um partido, ou uma frente mais a esquerda. Imagino uma frente e desejo muito. Vou conversar hoje ainda com o presidente do PROS”, considerou o governador.
A estratégia de fusão é o caminho mais viável na opinião de Cid Gomes. “Essa coisa tem que ser discutida para que a gente aprimore e veja a melhor estratégia. O ideal para mim seria compor uma frente e que possa evoluir na sequencia como um novo partido que resulte na fusão de vários partidos. A criação de um novo partido não traz hoje o tempo de TV. É fundamental que a gente tenha a fusão que leve todos aqueles que militam a esquerda que tenham uma identidade com este governo”, explicou.
“A fusão de partidos assegura obviamente que o novo partido todos aqueles que pertencem aos originais não percam seu mandato. Eu penso que há pessoas insatisfeitas neste arco de esquerda, acho que há gente insatisfeita no PSB. Até no PSOL”, disse o governador.
IG
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