Foto: CBMGO / Divulgação |
Ainda não há informações sobre a causa exata do incêndio
Um incêndio de grandes proporções devastou cerca de 10 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, desde a última quinta-feira (5). A administração do parque informou que essa área é uma estimativa preliminar, localizada entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia. Ainda não há informações sobre a causa exata do incêndio, mas as autoridades não descartam a possibilidade de ação criminosa.
Desde o início das chamas, equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do PrevFogo (Ibama) e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás foram mobilizadas para combater o fogo. Há uma expectativa de reforço com aeronaves, mas a reportagem não conseguiu confirmar o envio até o momento.
Além do parque, áreas próximas também foram afetadas. Em Alto Paraíso de Goiás, o Polo de EcoCiências do Cerrado organizou mutirões para avaliar os danos em duas Reservas Privadas do Patrimônio Natural (RPPN), Campo Úmido Voshysias e Murundu. Ambas as reservas sofreram com os incêndios, e equipes de voluntários, como a Rede Contrafogo e o Instituto Biorregional do Cerrado (IBC), têm trabalhado na remoção de plantas exóticas invasoras e no monitoramento da recuperação das áreas atingidas.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ivan Anjo, da Rede Contrafogo, criticou a gestão do lixão de Alto Paraíso de Goiás, que também foi atingido por incêndio no dia 6 de setembro. Segundo ele, o lixão pega fogo anualmente por falta de fiscalização e gestão adequada. Moradores da cidade também se manifestaram nas redes sociais, concordando com as críticas e cobrando uma postura mais ativa da prefeitura.
O Cerrado, conhecido como “berço das águas”, enfrenta uma crescente pressão devido às queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o dia 7 de setembro, foram registrados 48.966 focos de queimadas no bioma em 2024, o segundo maior número no país, atrás apenas da Amazônia.
A Agência Brasil tentou contato com o ICMBio, o Ibama e a prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Fonte: Sistema Paraíso
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