Foto: Rafael Ribeiro CBF |
A possibilidade de reforma estatutária na CBF levanta comparações com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para esta sexta-feira, dia 8, mas sem revelar a pauta aos presidentes das federações estaduais, causando estranheza e levantando especulações entre os dirigentes. Dos 26 presidentes de federações estaduais, 25 foram pegos de surpresa e demonstraram desconforto com a falta de transparência na agenda do encontro.
A especulação mais difundida aponta que a assembleia possa envolver mudanças no estatuto da CBF para pavimentar uma possível reeleição de Ednaldo Rodrigues. No entanto, a discussão de uma nova reforma estatutária enfrenta um obstáculo jurídico: a atual presidência foi garantida por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que está sob análise judicial. Em abril de 2022, Rodrigues assumiu o comando da entidade com apoio desse TAC, agora invalidado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF, sustenta Rodrigues na presidência enquanto o caso aguarda decisão final.
A possibilidade de reforma estatutária na CBF levanta comparações com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que recentemente enfrentou uma controvérsia similar. Em outubro, Paulo Wanderley, então presidente do COB, tentou disputar uma reeleição ao argumento de que seu primeiro mandato completo seria o atual. Apesar de vedada pela Lei Pelé, essa tentativa gerou grande debate até o fim da eleição.
Rodrigues está em situação parecida, uma vez que sua ascensão à presidência ocorreu após a queda de Rogério Caboclo e foi regularizada pelo TAC. Para alguns, o movimento pode soar como tentativa de consolidar sua posição dentro da entidade.
As recentes decisões e ações da CBF, no entanto, têm gerado críticas e preocupação entre os dirigentes das federações e no meio esportivo. Questões como problemas na organização de viagens para seleções de base, resultados insatisfatórios das equipes masculinas e femininas em competições internacionais, e a má campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo geram desconforto. A gestão de Ednaldo também enfrenta turbulências internas, com demissões no setor administrativo e desentendimentos com aliados próximos, como o chefe de gabinete Hugo Teixeira.
Enquanto a classificação para a Copa do Mundo deveria ser prioridade, o foco desta semana está na Assembleia Extraordinária.
Fonte: Sistema Paraíso
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