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Mudanças climáticas ameaçam provocar extinção em massa semelhante à do Período Permiano

 

Mudanças climáticas ameaçam provocar extinção em massa semelhante à do Período Permiano
Fonte: Sistema Paraíso



O Brasil foi escolhido como sede por também receber, em novembro, a COP 30, a conferência climática da ONU



A Terra pode estar se encaminhando para uma nova extinção em massa se a humanidade não conseguir conter os efeitos das mudanças climáticas. O alerta foi feito pelo médico e pesquisador Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, durante a abertura do Forecasting Healthy Futures Global Summit, evento internacional sobre saúde e clima que começou nesta terça-feira no Rio de Janeiro. O Brasil foi escolhido como sede por também receber, em novembro, a COP 30, a conferência climática da ONU.

Segundo Montgomery, a perda de biodiversidade já está em curso e pode atingir proporções catastróficas caso a temperatura média global suba 3 °C acima dos níveis pré-industriais. Atualmente, o planeta já registra um aumento recorde de 1,5 °C, e as projeções indicam que, com o ritmo atual de emissões de gases do efeito estufa, a temperatura poderá alcançar 2,7 °C até o final do século.

O cenário traçado pelo especialista remete ao Período Permiano, há mais de 250 milhões de anos, quando cerca de 90% das espécies foram extintas. Para ele, a ação humana está no centro da atual crise ambiental. “Estamos provocando a maior e mais rápida extinção que o planeta já viu. E se continuarmos destruindo os pilares que sustentam nossa própria existência, será a espécie humana que estará em risco”, afirmou.

Montgomery destacou que as emissões de gases continuam a crescer. Em 2023, foram lançadas na atmosfera 54,6 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente — um aumento de quase 1% em relação ao ano anterior. A concentração desses gases, segundo ele, não apenas segue aumentando, como acelera de forma perigosa.

Entre as consequências previstas para as próximas décadas estão o colapso das camadas de gelo do Ártico e a desaceleração da Circulação Meridional do Atlântico, sistema responsável pela regulação climática global. Isso pode resultar na elevação do nível do mar em vários metros, impactando diretamente a vida em áreas costeiras.

Além do dióxido de carbono, o cientista chamou atenção para o papel do metano, gás com efeito 83 vezes mais danoso, emitido principalmente pela indústria do gás natural. Ele também apontou os impactos econômicos das mudanças climáticas, estimando que o PIB global pode cair 20% ao ano a partir de 2049, o que equivaleria a perdas de 38 trilhões de dólares.

Para Montgomery, o combate à crise climática deve ser imediato, com foco em medidas estruturais. Ele reconhece a importância de estratégias de adaptação, como as voltadas à saúde pública, mas alerta que elas não podem substituir o corte radical nas emissões. “Aliviar sintomas não é suficiente quando se tem uma cura possível diante dos olhos”, concluiu.



Fonte: Sistema Paraíso

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